A ovinocultura tem potencial de suprir as demandas do mercado consumidor de leite e carne, entretanto, para que isto ocorra são necessárias tomadas de decisões corretas, objetivos precisos e estratégias bem definidas. Entre os fatores determinantes para o sucesso desta exploração o adequado manejo zootécnico destaca-se. Manejos corretos e voltados ao bem-estar animal amplificam a produção e, por consequência, a rentabilidade. Visando o controle de rebanho e aumento do número de animais, iremos abordar o manejo reprodutivo, seus gargalos e práticas assertivas para o bom desempenho destas técnicas.
O manejo reprodutivo pode ser definido como uma combinação de práticas e técnicas que visam um único objetivo, melhorar a eficiência produtiva do rebanho, afetando diretamente a fertilidade, reprodução e a sobrevivência dos cordeiros.
Um dos manejos mais importantes a ser considerado é a seleção de matrizes e reprodutores. Em geral, é necessário considerar: o padrão racial característico da raça selecionada, cascos saudáveis e boa postura e a ausência de defeitos congênitos e genéticos como o prognatismo. Nas fêmeas, características bem definidas, úbere bem formado e idade adequada para a reprodução são características indiscutíveis. Os reprodutores devem ter testículos simétricos, sem lesões na glande ou pênis, boa libido e boa capacidade sexual, ressaltando a importância da análise do sêmen, mesmo na aquisição de animais e no uso durante a época de reprodução.
Em relação aos cuidados nutricionais e sanitários, estes devem ser prestados antes da época de monta, por meio de manejos simples, como a suplementação alimentar, para aumentar o aporte nutricional do animal para que suas necessidades, que são ênfases nesse período, sejam satisfeitas. Esse aumento na ingestão de nutrientes durante esta fase reprodutiva é conhecido como flushing, uma medida de manejo que visa aumentar a ovulação, promovendo assim maiores taxas de prolificidade.
Visto todos esses pontos sobre o manejo reprodutivo, é importante salientar que ainda temos alguns gargalos, principalmente de planejamento e controle na época de reprodução da ovinocultura brasileira.
O controle da estação de monta se encaixa nessa categoria pela facilidade em ocorrer erros nas etapas de: Separação dos lotes, onde deve se tomar cuidado com a idade reprodutiva das fêmeas possibilitando a introdução de machos mais indicados para tal, e para considerar o melhor intervalo de monta. E também na relação de quantidade de reprodutores para fêmeas, para que o tempo de utilização do macho seja menor e mais assertivo. Dentre outras, que irão afetar diretamente o controle e a padronização de nascimentos de cordeiros.
A escolha dos animais do rebanho que irão para o manejo reprodutivo se coloca sujeito a erros quando falamos de idade reprodutiva que está diretamente ligada ao peso corporal que de maneira geral deve estar acima de 70% do peso adulto (8 meses a 1 ano). E de Escore de Condição Corporal, que requer atenção especial do pecuarista, isto porque se as fêmeas e machos se encontram extremados de condição corporal haverão problemas reprodutivos, respectivamente, dificuldade de emprenhar e dificuldade de cobrir, sendo assim o escore adequado para ambos deve ser de 3,0 a 3,5 em uma escala de 1 a 5, sendo animais de peso médio.
Esta técnica torna-se uma importante aliada do ovinocultor, mostrando-se prática e eficiente quando alinhado ao planejamento. Visando elevar os índices da região, a ECAPE Jr. viabiliza estratégias de produção e indicações de manejo através dos serviços ofertados. Sendo assim, começar a delinear manejos, objetivos e estratégias capazes de alavancar os índices de produção é o primeiro passo para ter uma próxima Estação de Monta bem sucedida e qualificada para as exigências do mercado. Vamos começar?
Referências:
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