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Manejo sanitário de ovinos

A ovinocultura historicamente e atualmente desempenha um papel sócio-econômico de grande relevância no Rio Grande do Sul. De acordo com o centro de inteligência e mercado de caprinos e ovinos da Embrapa, possuímos aqui no estado 24% do rebanho ovino do país, visto que até o início da década de 80 a região sul destacava-se com maior rebanho, dados ainda mostram que de 2007 a 2016 o rebanho ovino na região Sul se manteve entre 3.500.000 a 4.000.000 de cabeças.

Deve-se ter atenção em alguns pontos, visto que sua produção pode ser limitada se ocorrer problemas sanitários, nutricionais ou de manejo. Para que possamos ter sustentabilidade na atividade, obtendo consequentemente um bom lucro, torna-se necessário o conhecimento e atenção a técnicas, onde discutiremos algumas nesta publicação.

É sabido e largamente discutido, que o aspecto sanitário na criação de ovinos é de grande importância e um dos pilares para que se obtenha sucesso na criação. A sanidade engloba uma grande diversidade de aspectos e atividades técnicas, a fim de manter a saúde dos animais, são influenciadas por alguns fatores, como, genótipo, manejo, instalações e o ambiente, estes são alguns que podem ser citados, porém não os únicos.

As verminoses causam grandes perdas econômicas na criação de ovinos, sendo esses animais muito suscetíveis. Diversos são os indicadores que irão apontar o nível de sanidade do rebanho e é preciso estar atento para saber quais medidas devem ser tomadas e principalmente, quando tomá-las. Alguns sintomas da presença de verminoses podem ser: diminuição ou perda do apetite, perda de peso, pêlo arrepiado, falta de disposição, respiração muito ofegante e animais apáticos.

Outro ponto a ser considerado, é a saúde dos cascos dos ovinos, que irão impactar diretamente na produção. Animais com problemas de casco, sejam eles causados por foot-rot (podridão dos cascos) ou frieiras, irão ter problemas com locomoção, diminuindo drasticamente seu consumo, causando perda de peso.

As constantes chuvas no Rio Grande do Sul, aliadas ao clima quente do verão, podem favorecer o aparecimento de algumas verminoses ou doenças que irão afetar diretamente na produção. Cabe então ao produtor estar atento ao rebanho e adotar alguns manejos que irão garantir um ambiente mais adequado para a criação. É importante ter em mente que só obteremos bons resultados quando considerarmos todos os fatores que podem afetar no ciclo produtivo, ou seja, é necessário considerar o sistema como um todo, onde cada etapa é dependente da anterior e, consequentemente, irá refletir na qualidade do que foi feito.

O desenvolvimento da maioria das verminoses que acometem os ovinos é dependente de fatores como umidade e temperatura. Se tivermos alta umidade e uma temperatura elevada, teremos então o ambiente favorável para que ocorra o desenvolvimento da maioria dos parasitas. Com temperaturas mais baixas e pouca umidade, o ciclo se torna mais lento, podendo não sobreviver as etapas.

Alguns problemas de manejo são, nutrição inadequada, limpeza, desinfecção e higiene precária, instalações mal planejadas, manejadores despreparados, criação conjunta de animais de diferentes espécies, presença de ratos, pássaros e moscas. Problemas relacionados ao meio ambiente são: escassez de alimentos e água, mudanças bruscas de temperatura, presença de ventos frios, poeira, calor, radiação entre outros.

Visto isso, as adversidades para manter um sistema produtivo de maneira eficaz são inúmeros, dessa forma o produtor deve se antecipar aos possíveis imprevistos que possam surgir. Para isso aconselhamos um olhar atento para a região de produção, bem como as enfermidades recorrentes nessa região, pois dessa forma será possível a execução de um programa sanitário, abrangendo a higiene e profilaxia do seu rebanho. Várias medidas podem ser tomadas para viabilizar a produção, conseguindo dessa forma diminuir os impactos das adversidades enfrentadas pelos rebanhos.

Dentre as medidas que podem ser tomadas para minimizar as condições ambientais adversas, e permitir a saúde animal para o rebanho destacam-se ações nas instalações, bebedouros, comedouros, nas aplicações de vacinas, bem como na desinfecção e higienização dos equipamentos. Outro ponto que podemos destacar refere-se ao esterco, onde podemos tomar mão de uma esterqueira na propriedade, proporcionando a higienização corretas das instalações, bem como um destino adequado para o esterco e posteriormente a utilização deste resíduo orgânico como adubo orgânico para as pastagens, visando sempre a correta higiene e profilaxia para evitar maiores riscos e incidência das verminoses.

Desta forma destacamos a importância de termos um controle, que pode ser feito através de fichas individuais dos animais, bem como coleta de informações destes, e possuir um planejamento sanitário para controle das vermifugações, vacinações, sendo que este pode estar contido em um calendário anual, para facilitação do desenvolvimento dentro do sistema.

Além disso destacamos a prática de outros inúmeros fatores que podem influenciar na sanidade animal, como a identificação precoce das doenças, casqueamento, manejo das pastagens, dos piquetes e da carga animal, limpeza das instalações, bem como ter um manejador preparado e conhecedor das práticas e manejos adequados.

Realizando estes manejos de forma contínua e adequada, temos a possibilidade de ter condições de bem estar e termos animais mais saudáveis no nosso rebanho, o que resultará em possibilidade destes desempenharem seu máximo potencial produtivo, trazendo mais produtividade e lucratividade ao sistema, bem como evitando perdas econômicas desnecessárias.

Ao analisar todos estes manejos e recomendações, parece demais para encaixar no sistema, mas podemos te ajudar a começar, e de pouco a pouco ampliar as recomendações, a produção e o teu lucro nessa atividade! Nos conta seu problema que fazemos uma proposta gratuita para a realidade da sua propriedade!



Referências Bibliográficas:

https://ainfo.cnptia.embrapa.br/digital/bitstream/item/154499/1/CNPC-2002-Manejo.pdf

https://www.embrapa.br/cim-inteligencia-e-mercado-de-caprinos-e-ovinos/producao-nacional.

https://static.scielo.org/scielobooks/nv4nc/pdf/amarante-9788568334423.pdf


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