Com projeção de aumento para a próxima safra, a área para produção de milho pode aumentar em até 7%. Com o final da influência do La Niña como fator limitante da produtividade, o cenário visa margens positivas. A fim de manter a atividade agropecuária rentável, há manejos que devem-se ser priorizados e que, quando bem alinhados, garantem a rentabilidade na produção.
A produtividade e boas práticas de manejo caminham juntas quando falamos sobre a cultura do milho. Para um bom estabelecimento de uma lavoura deste grão, o sucesso do plantio deve ser garantido, exigindo que algumas recomendações sejam consideradas. Por se tratar de uma cultura muito exigente, o solo deve ser bem drenado e fértil, havendo correção adequada. Além disso, escolher de forma assertiva a época de semeadura, fomenta a produtividade. Um experimento com milho irrigado, realizado no Rio Grande do Sul, mostrou que os rendimentos de grãos foram, em média, 15% e 48% inferiores na semeadura de agosto e dezembro, respectivamente, em relação à de outubro. Essas diferenças foram atribuídas a alterações na quantidade de radiação solar disponível, em decorrência da época de plantio. Entende-se então, a necessidade de estratégias para adequar o manejo à necessidade da cultura. Contudo, a profundidade de semeadura também torna-se determinante e está condicionada aos fatores temperatura do solo, umidade e tipo de solo. A semente deve ser colocada numa profundidade que possibilite um bom contato com a umidade do solo. A maior ou menor profundidade de semeadura vai depender do tipo de solo.
Há uma ampla janela de semeadura, permitindo a semeadura do milho durante todos os meses do ano, porém a concentração das operações acontece no chamado “plantio do cedo”, realizado nos meses de agosto e setembro. Ou ainda, há como elevar a produção de grãos com a irrigação. Ambas estratégias utilizadas para eliminar o gargalo que o déficit hídrico proporciona.
A qualidade do plantio também está relacionada à velocidade em que ocorre este processo. As máquinas escolhidas devem ser reguladas adequadamente, a fim de uma boa uniformidade de distribuição e profundidade das sementes ao longo da linha de semeadura, bem como uma boa cobertura e contato do solo com as mesmas. Incidência de velocidades acima do recomendado aumentam o número de falhas, afetando a densidade do plantio, além de influenciar na profundidade. Quando alinhados, esses dois fatores reduzem a população de plantas e aumentam o número de plantas dominadas, há prejuízos no número de espigas por área e no número de grãos por espiga. Ou seja, reduzem pontualmente a produtividade. Por isso, de modo geral, o ideal é não ultrapassar 7 km/h durante o manejo.
Existem variados manejos que devem ser considerados e abordados com maior assertividade, mas destaca-se a importância de um bom planejamento, garantindo resultados satisfatórios e tomadas de decisões mais seguras. Para isso, a ECAPE Jr. pode te ajudar. Tem interesse em saber mais sobre a semeadura do milho? Precisa de suporte técnico nessa área? Entre em contato conosco pelas nossas redes sociais, email ou telefone e vamos trabalhar juntos!
Referências:
SEMEADURA DO MILHO: dicas para aumentar a produção; MyFarm, 13 ago. 2022. Disponível em: myfarm.com.br/semeadura-do-milho. Acesso em: 5 ago. 2022.
CULTIVO DO MILHO. EMBRAPA, [S. l.], p. 1, Nov. 2015. Disponível em: https://www.spo.cnptia.embrapa.br/. Acesso em: 5 ago. 2022.
PROFUNDIDADE e velocidade de semeadura no milho. MaisSoja, [S. l.], p. 1, 29 jun. 2019. Disponível em: https://maissoja.com.br/. Acesso em: 5 ago. 2022.
MANEJO DA CULTURA DO MILHO. Circular Técnica, dez. 2006. Disponível em: https://www.infoteca.cnptia.embrapa.br/bitstream/doc/490419/1/Circ87.pdf
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