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Tutoramento do Tomate

O tomate (Lycorpersicon esculentum) é uma planta que quando manejada em condições ambientais e de solo favoráveis ao cultivo, se torna uma cultura altamente produtiva, mas para isso, também se faz necessário à realização de manejos culturais, sendo um deles o tutoramento.

O tutoramento é uma técnica utilizada na agricultura que consiste na colocação de estacas de bambu, varas de madeira, fitilhos ou outro material junto ao caule das plantas, com a finalidade de escorá-las e orientar seu crescimento. Essa prática pode ser de maneira provisória, quando utilizado apenas no início da formação das plantas ou no período de frutificação, ou ser de maneira permanente, utilizando até a colheita.

O tutoramento do tomateiro favorece o desenvolvimento das plantas, reduz a incidência de fungos e bactérias, facilita e melhora a eficiência das pulverizações, proporciona a colheita de frutos com melhor aspecto visual e de maior qualidade, devido os tomateiros não entrarem em contato com o solo, além disso, a colheita dos frutos é facilitada, melhorando as condições de trabalho, tudo isso devido ao simples fato de realizar o manejo de tutoramento.

A seguir, mostraremos alguns sistemas de tutoramento que podem ser utilizados pelo tomaticultor, onde a definição do sistema a ser adotado pelo produtor pode variar, considerando o ambiente de cultivo, a disponibilidade de mão de obra qualificada, além da matéria prima e os custos envolvidos no sistema escolhido.

Sistemas de tutoramento:

Tutoramento em Cerca Cruzada ou “V” invertido Nesse sistema de tutoramento, as plantas são amarradas a tutores, esses normalmente sendo estacas de bambu, de 1,80 a 2,20 m, os quais ficam apoiados sobre um fio de arame esticado por mourões fixados nas extremidades das linhas, formando assim um “V” invertido pelas duas fileiras de cultivo.

A colheita dos frutos nesse sistema é facilitada, porém o manejo de doenças não é tão eficaz, pois além de criar um microclima favorável para o desenvolvimento de doenças na parte interna do “V” invertido, ainda se torna mais difícil o controle de doenças devido à pulverização com defensivos não chegar de forma adequada na parte interna das plantas.

O amarrio nas estacas pode ser realizado semanalmente ou a cada 15 dias, conforme a taxa de crescimento da cultivar implantada, podendo ser realizado com fibra natural ou com fitilhos de plástico.


Tutoramento “mexicano”

Nesse outro sistema de tutoramento, as plantas são conduzidas na vertical com uso de fitilhos plásticos na horizontal dispostos a cada 30 cm, nos dois lados das plantas à medida que as hastes crescem. Os fitilhos são amarrados a mourões de aproximadamente 1,8 m de altura, os quais são fixados nas extremidades da linha. Estacas de bambu são colocadas a cada duas plantas para dar suporte aos fitilhos e ao tomateiro.

Com essa técnica pode-se reduzir custos com os materiais, aumentar a eficiência de pulverização, e por consequência o controle de pragas e doenças. Esse é um método que vem chamando a atenção dos tomaticultores, em especial para a condução de variedades de crescimento determinado, porém já havendo lavouras de crescimento indeterminado utilizando esse sistema de cultivo também.

Tutoramento vertical com bambu ou fitilho

Nesse sistema, as plantas de tomate são amarradas de forma vertical a tutores que podem ser bambus ou fitilhos. Quando é utilizado o tutoramento em bambus, as plantas são amarradas semanalmente com fitilhos aos bambus que podem ser cortados aproximadamente até 2,5 m de altura. Quando é utilizado o tutoramento com fitilhos, as plantas são trançadas aos fitilhos amarrados em um arame acima da linha de cultivo, preso a mourões nas pontas de cada linha de cultivo. Esse é um sistema de baixo custo para o tomaticultor, porém o controle de pragas e doenças não é tão eficaz pois as plantas se tornam muito adensadas.

Tutoramento em Carrossel Holandês

Por fim, nesse sistema de condução específico para cultivo de variedades de crescimento indeterminado, consiste em um arame na horizontal, acima das fileiras de tomate, com altura em torno de 2 a 2,5 m, as plantas então são trançadas com fitilho, que será enrolado em um carrossel e preso em cima, no arame. Conforme a planta cresce, o fitilho é desenrolado do carrossel, trançando a parte crescente da planta no fitilho e prendendo-o no arame novamente, um pouco mais a frente.

A principal vantagem desse sistema, é que ele proporciona longevidade e aumento na produção, pois é possível ficar mais tempo com a planta dentro da estufa, possibilitando que ela expresse plenamente seu potencial produtivo, com as plantas chegando a 12 m de comprimento, visto que seu crescimento não é interrompido.

Se você tem interesse em implementar esse sistema de cultivo em sua propriedade ou cultivar essa cultura, entre em contato conosco, realizamos recomendações de manejos, indicações de boas práticas para sua produção, além de realizarmos análises químicas do solo a ser cultivado para obter uma adequada adubação da sua lavoura.

Fontes:


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