A irrigação é uma técnica que tem por objetivo fornecer água às culturas, em momentos e épocas específicas, de acordo com a necessidade das plantas. No Rio Grande do Sul, a época de maior significância para o uso desse manejo ocorre no verão, onde normalmente se tem temperaturas altas e períodos de escassez da ocorrência de chuvas.
O milho é uma das culturas que mais exige água durante o ciclo, em compensação apresenta alta eficiência na sua utilização, produzindo grande quantidade de matéria seca por unidade de água absorvida. A fase mais crítica, onde se tem uma grande redução de produtividade se não houver água suficiente exigida pela cultura, acontece no embonecamento/enchimento de grãos. Aqui na região sul, como não é possível fazer o cultivo “safrinha”, normalmente esse período de florescimento e enchimento de grãos incide em pleno verão, sendo assim, é de extrema significância na produtividade final o uso da irrigação, que se torna viável quando levada em consideração também a análise de outros fatores. Segundo dados da EMATER-RS, lavouras sem o uso da irrigação, apresentam em média produção de 95 sacas por hectare, enquanto sistemas que utilizam a irrigação podem atingir produtividade acima de 200 sacas por hectare.
Alguns fatores são determinantes para tornar o sistema viável, como o preço de comercialização do produto, que só em 2020 teve uma valorização de 57%. Aí vai um comparativo: no começo do ano de 2020 tínhamos a saca de milho custando em torno de R$51,00, comparando com o preço da mesma saca em novembro de 2020 temos um valor de aproximadamente R$74,00 e em 2021 seguimos com preços elevados e o produto muito valorizado. Diante desse cenário, é de suma importância tomarmos mão de medidas que propiciem uma maior produtividade por hectare, e é aí que a irrigação entra como uma aliada ao sistema. No quesito irrigação, diversos são os métodos que podem ser implantados para a produção de milho, sendo os principais: de superfície, aspersão e localizada. Dentro de cada método, temos variações nos sistemas que podem ser empregados. Mas qual a melhor forma? Para responder essa pergunta, é necessário conhecermos algumas informações relacionadas à propriedade, aos recursos do produtor, a disponibilidade hídrica, o tipo de solo e relevo. Tomando essas informações como ponto de partida, torna-se possível avaliar de maneira criteriosa as opções e definir qual melhor estratégia.
Nos últimos anos, programas como o Pró-Milho surgiram para incentivar, fomentar e coordenar ações para a produção de milho no estado do Rio Grande do Sul. Essas ações são de suma importância para o crescimento da nossa região, tendo em vista que nosso estado ainda não tem produção suficiente para atender a demanda interna, ficando dependente de outros estados do Brasil, o que impacta diretamente no custo do produto adquirido. Ainda, o programa conta com subprogramas, que vão desde o aumento da produção, a qualidade, comercialização, crédito e seguro rural, até palestras e capacitações técnicas, com o intuito de fortalecer e incentivar os produtores.
Com a evolução no mercado e no desenvolvimento das sementes do milho, temos híbridos adaptados às mais diversas condições climáticas e de estresse, dessa forma, vemos o milho como uma planta de fácil adaptação, porém temos diferentes impactos na produtividade, dependendo da época e intensidade do déficit hídrico.
Aqui vão mais alguns exemplos:
Uma estiagem prolongada antes da polinização pode significar queda de 50% na produção. Deficiências posteriores resultarão em danos de 25%-30%.
Dois dias de estresse hídrico no florescimento diminuem o rendimento em aproximadamente 20%. De quatro a oito dias, mais de 50%.
Pensando nesta técnica que visa aumentar a produtividade e qualidade, precisamos prestar atenção em alguns pontos importantes, como o planejamento estratégico e financeiro para a atividade, tendo em vista que possui um alto valor de investimento. Para isso, nós da Ecape estamos a disposição de você produtor que deseja trabalhar com irrigação. Entre em contato!
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