Com o avanço das pesquisas e a tecnificação da agricultura na atualidade, buscamos cada vez mais aumentar a produtividade da lavoura, reduzindo os custos e minimizando os impactos ambientais. Como alternativa para essas premissas, surgiu o sistema de plantio direto, que vem numa crescente adesão e implantação por parte dos produtores, devido seus múltiplos benefícios. Segundo estudos realizados pela Embrapa Soja, esse sistema de cultivo é capaz de incrementar até 30% a mais na produtividade se comparado ao sistema convencional, e em anos com períodos de seca durante o ciclo de produção, o plantio direto pode proporcionar até o dobro da produção.
Como mencionado acima, além dos ganhos econômicos, o plantio direto propicia diversas vantagens para o sistema. Dentre elas, podemos destacar o controle de erosões, a conservação da umidade e manutenção da temperatura do solo, o aumento da fertilidade, a diminuição da ocorrência de plantas daninhas, o aumento da matéria orgânica, a redução de custos e o favorecimento da fauna edáfica, que através dos organismos vemos o melhoramento da aeração e infiltração de água, com as formigas e minhocas e também a estimulação da reciclagem do nitrogênio, através dos nematóides e protozoários. Benefícios esses que impactam positivamente a realidade da agricultura mundial, tornando o cultivo mais sustentável e lucrativo.
Outra grande vantagem que o sistema proporciona, é a implantação de espécies forrageiras, visando uma boa palhada para o plantio. Normalmente implantada na entressafra, durante seu ciclo produtivo se torna uma ótima opção para complementar os lucros da propriedade, através da produção de carne ou leite, de acordo com a finalidade que o produtor preferir. A integração lavoura-pecuária, além de gerar uma renda extra, ainda colabora com o sistema, proporcionando a ciclagem de nutrientes e diversificação das culturas.
Comparado ao plantio convencional, que também apresenta suas vantagens como o aumento temporário da aeração do solo e controle de plantas invasoras, o sistema plantio direto permite menor custo com combustível e horas-máquina pelo fato de não ser efetuado o preparo do solo antes do plantio. Além disso, protege de danos causados pelo plantio convencional, como o favorecimento de erosões e danos a fauna edáfica, pois os organismos que vivem no solo são revirados e, sem a disponibilidade de seu alimento natural, podem se tornar pragas, se alimentando das novas culturas que serão estabelecidas no local.
Dentre os maiores desafios, devemos salientar que por ser uma técnica de semeadura conservadora, na qual o plantio é efetuado sem as convencionais etapas de preparo do solo, como aração e gradagem, o sucesso depende da proteção do solo, coberto com uma cobertura vegetal, mencionada anteriormente, a fim de evitar o impacto direto das gotas de chuva, do escorrimento superficial e das erosões. Ademais, teremos o maior gasto com herbicidas que, a longo prazo, tende a diminuir se for combinado com a rotação de culturas. Fato confirmado pela Embrapa, a qual cita que na medida em que se consiga a formação de uma camada mais efetiva de palha na superfície do solo, associada a um programa adequado de rotação de culturas, o controle de plantas daninhas será facilitado e o custo com herbicidas diminuirá. Essa característica difere a economia do plantio direto com a do plantio convencional, que sempre consumirá o mesmo número de herbicidas, combustível e horas-máquina.
Você utiliza o sistema de plantio direto? Sabe como implantar? Está com dificuldades de conduzir esse método de cultivo? Entre em contato com a gente, podemos estar ajudando desde a implantação, os manejos, até a colheita!
Referências:
https://www.agencia.cnptia.embrapa.br/gestor/milho/arvore/CONTAG01_72_59200523355.htmlhttps://www.wwf.org.br/natureza_brasileira/reducao_de_impactos2/agricultura/agr_acoes_resultados/agr_solucoes_cases_plantio2/
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